As contrarreformas do (des) governo brasileiro e o recrudescimento do racismo
Resumo
O presente artigo busca apresentar um reflexão sobre a conjuntura política brasileira diante da ascensão jurídico-política de um presidente não eleito e sua política de desestruturação das bases de infraestrutura e sociais do país, alçado em um complexo processo de evidente corrupção, já denunciado e relativizado por significativos setores da sociedade, o qual encontra apoio devido ao explicito envolvimento entre os quais é notório o Congresso Nacional e suas duas Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado), a própria Presidência da República, setores do judiciário, sendo o mais gritante a participação de membros do STF, e o empresariado, em um projeto de subserviência ao capitalismo internacional e completo desrespeito ao papel do Estado como mediador, em plena ação de fortalecimento das desigualdades e conseqüentemente do racismo como elemento estrutural de nossa sociedade, através do estudo documental e bibliográfico a partir da analise das reformas educacional Lei N° 13.415 de 16 de fevereiro de 2017 e trabalhista Lei N° 13.467, de 13 de julho de 2017, tendo como subsidio „A redução sociológica‟ de Alberto Guerreiro Ramos, „Descolonizar el saber, reiventar el poder‟ de Boaventura de Souza Santos, „Construção Nacional e Cidadania‟, Reinhard Bendix, e, „O que é a democracia?‟ de Alain Touraine, dentro de um quadro de completa conivência dos meios de comunicação e consensuação social, onde esta explicito a indignação seletiva e a colaboração sistêmica da manutenção das desigualdades sociais desde que mantenha-se os princípios de distanciamento social e a permissividade da colonialidade de nossa classe média e elites.