O INSTAGRAM COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA SOBRE MAMÍFEROS

Autores

  • Thamila Barcellos Lemes Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
  • Jaiany Andrade Teófilo dos Reis Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
  • Joana Zorzal Nodari Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
  • Roger Rodrigues Guimarães Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Resumo

As redes sociais revolucionaram a comunicação científica, mas muitas vezes são subutilizadas. Plataformas como o Instagram podem ser usadas para o compartilhamento de conteúdos científicos direcionados a um público em escala global. Por isso, elas podem ser verdadeiras aliadas na promoção da ciência como forma de educação informal, alfabetização científica e visibilidade pública. Muitas vezes o produto final de uma pesquisa não alcança o grande público e as redes sociais promovem, então, um conteúdo de consumo rápido e fácil, e essa característica pode e deve ser explorada pelos cientistas. Sendo assim, essas plataformas digitais atuam como uma ponte entre o que é desenvolvido no meio acadêmico e a população. Unindo a paixão pela mastozoologia e o desejo em divulgar ciência, surgiu a conta “Mamíferos do Espírito Santo” no Instagram. Ela foi criada em abril de 2020 com a finalidade de fornecer informações sobre a mastofauna, sobretudo da Mata Atlântica, e abordar o cotidiano de cientistas. Desse modo, as publicações visam apresentar os conteúdos de maneira interessante, com uma linguagem acessível ao leitor, bem como promover a interação do público através do uso das diversas ferramentas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento do perfil do público que segue o @mammal.es, bem como elencar estratégias utilizadas que foram bem sucedidas a fim de inspirar ações de divulgação científica em redes sociais. O levantamento foi realizado no dia 29 de julho, quase quatro meses após o início da página. 1040 pessoas seguiam a conta nesta data, sendo que o público é majoritariamente feminino (59%), com idade entre 25 e 34 anos (43%) e localizado no sudeste brasileiro (Grande Vitória/ES, RJ e SP). As três postagens com maior interação foram: Morcegos Brasileiros, Filogenia dos mamíferos e Coleções da UFES. As duas primeiras tiveram mais curtidas (352 e 226) e salvamentos (43 e 19), respectivamente. Entretanto, a postagem sobre Coleções da UFES, obteve os maiores números de comentários (33) e compartilhamentos (54).  As estratégias de divulgação foram diferentes, sendo as duas primeiras imagens com identidades visuais únicas e a última um vídeo, sendo provavelmente esses os motivos para sucesso. Dessa forma, atribuímos o rápido crescimento do perfil às diferentes estratégias de comunicação utilizadas que promoveram seu engajamento. Além disso, cabe destacar que a rede social não pode ser unicamente avaliada em números, uma vez que ela pode inspirar pessoas, gerar interesse e confiança na ciência, promovendo impactos individuais imensuráveis.

Palavras-chave: Rede Social. Mastozoologia. Internet.

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Publicado

15-04-2021