VASODILATAÇÃO INDUZIDA PELA PROGESTERONA EM LEITO CORONARIANO DE RATOS GONADECTOMIZADOS

Autores

  • Jocimar José Pitol Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
  • Jéssyca Aparecida Soares Giesen Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
  • Roger Lyrio dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo – UFES

Resumo

As doenças cardiovasculares são um grave problema para a saúde humana, e compreendem grande parte das causas de morte e perda de qualidade de vida, com isso, pesquisas envolvendo o funcionamento dos vasos sanguíneos do leito coronariano são extremamente importantes para entender e possivelmente evitar doenças do coração, como a disfunção microvascular coronariana. O funcionamento dos vasos pode ser modulado por diferentes hormônios. De fato, a progesterona é um hormônio tradicionalmente relacionado às funções reprodutivas, porém também tem demonstrado atuar em diversos sistemas, incluindo o sistema cardiovascular, onde, dentre outras funções, é capaz de provocar alterações funcionais nos vasos. Entretanto, sua ação nesse sistema ainda não é bem compreendida, indicando a necessidade de serem realizadas pesquisas com a progesterona. Além disso, a ação deste hormônio nos vasos pode sofrer influência do perfil hormonal, justificando assim, a realização de pesquisas em um modelo de deficiência hormonal, como ocorre no uso de animais gonadectomizados. Sendo assim, nosso objetivo foi avaliar a ação da progesterona, no leito coronariano de ratos normotensos gonadectomizados de ambos os sexos. Para isso, foram realizadas cirurgias de gonadectomia em ratos Wistar (Rattus norvegicus) de ambos os sexos, com idade entre 10 e 12 semanas, e após 15 dias, foi feita a reatividade vascular, na forma de curva dose-resposta, com a administração de progesterona de forma aguda no leito coronariano, em concentrações crescentes (1, 3, 5, 10, 30 e 50 μM), por meio do método de Langendorff modificado. Além disso, foram verificadas a participação das vias do óxido nítrico e dos prostanoides, realizando novamente as curvas de progesterona na presença dos respectivos inibidores (Nω-nitro-l-arginina metil éster e indometacina). Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFES) sob o número 47/2019. A progesterona foi capaz de promover vasodilatação em animais gonadectomizados de forma dose-dependente, e não houve diferenças entre os sexos. Além disso, não foi observada participação de duas vias importantes, a via do óxido nítrico e a dos prostanoides, na vasodilatação pela progesterona, no leito coronariano dos ratos gonadectomizados, abrindo espaço para mais estudos que elucidem os mecanismos responsáveis por essa ação. A conclusão deste trabalho compreende que a progesterona também é capaz de provocar vasodilatação em leito coronariano de ratos gonadectomizados, e essa ação ocorre igualmente entre os sexos.

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Publicado

14-02-2022