ANÁLISE COMPARATIVA DE VÍDEOS DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2014 E 2018

Autores/as

  • Thaís Amorim Universidade Federal do Espírito Santo - UFES
  • Patrícia Trazzi Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Resumen

Devido ao advento da vacinação vimos o controle e erradicação de várias doenças. O Papilomavírus Humano (HPV) é o vírus causador de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) mais transmitido no mundo, podendo provocar também câncer de colo de útero. Como os preservativos, método de prevenção padrão, não conseguiam apresentar grande eficácia, foram desenvolvidas vacinas a fim de diminuir, e erradicar, a circulação do vírus. No Brasil, a vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014, momento em que o Governo Federal investiu em campanhas de vacinação com intuito de informar essa disponibilidade à população e alcançar as metas de imunização. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi analisar a eficácia na comunicação das campanhas em informar a importância da vacinação. Para isso, analisamos o contexto, público-alvo, propósito, recurso e ação de cinco vídeos das campanhas de vacinação utilizados entre os anos de 2014 e 2018. Os contextos dos vídeos são distintos entre si, passando por cenários marcadamente femininos, para as interações familiares, até chegar em temáticas mais tecnológicas aproximando-se do público jovem no geral. Essas diferenças estão fortemente atreladas à mudança de público-alvo, enquanto o propósito da imunização manteve-se o mesmo em todos os vídeos. Os diferenciais foram o gradual aumento da faixa etária e a inclusão dos meninos nos últimos anos. Por conta da mudança de público-alvo, as estratégias e dramatizações usadas sofreram alterações a cada campanha. O primeiro ano de campanha apresentou maior aproximação com a meta de imunização, possivelmente pela adesão das escolas como local de vacinação. As principais causas para a não vacinação estão pautadas na falta de informação, que vão desde o medo dos efeitos colaterais e da estimulação precoce da vida sexual, a não compreensão da restrição da faixa etária, até o desconhecimento do vírus, das doenças causadas por ele e da existência da vacina. Costuma-se vincular divulgação de conhecimento científico às escolas, contudo a comunicação social e parcerias com outros setores da comunidade são outros caminhos que podem e devem ser seguidos quando pretende-se levar informação às pessoas. Apesar das estratégias de divulgação usadas nos vídeos terem sido adequadas, ainda não foram suficientes, considerando que as metas de imunização não foram alcançadas. 

Palavras-chave: HPV. Papilomavírus Humano. Alfabetização científica. Divulgação científica. Imunização.

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Publicado

15-04-2021