Presentismo, distopia e relação com o espaço urbano em O Caçador de Androides de Philip K. Dick

Autores

  • Taynna Mendonça Marino UFES

Resumo

Desde a década de 1950 obras de ficção científica e filmes de caráter distópico começaram a se tornar populares ao retratarem histórias de futuros com grandes impérios corporativos, de alta tecnologia intrusiva e sociedades opressivas. Entre os clássicos de ficção científica podemos exemplificar a obra Do androids dream of eletric sheep? de Philip K. Dick, publicada em 1968, e que deu origem ao filme Blade Runner: o caçador de androides, a qual será o nosso objeto de pesquisa. O objetivo dessa comunicação é mostrar de que forma a ficção científica se insere no debate da teoria da história, tendo como objeto o cenário distópico construído por Philip Dick. A partir do livro, percebemos que a distopia presente na ficção científica resulta de uma inflexão dos avanços tecnológicos e crises ideológicas no período compreendido como pósmodernidade. E essa narrativa distópica também se insere no debate da teoria da história, sobre o qual atesta Gumbrecht que estaríamos numa crise do cronótopo moderno mediante o que parece ser o surgimento de um novo paradigma da história profundamente distópico. Observamos também a relação da distopia com a história, a partir do regime de historicidade presentista, proposto por François Hartog, e na quebra no horizonte de expectativas, tendo como base as reflexões de Reinhart Koselleck. Dessa forma, proporemo-nos a analisar as relações humanas e de consumo numa sociedade estruturada por avanços tecnológicos, tendo como bibliografia alguns autores, tais como David Harvey, Hebert Marcuse, James Hillman e Zygmunt Bauman, que se propuseram a analisar a sociedade industrial capitalista e os avanços tecnológicos que surgem para redirecionar o comportamento do homem pós‐moderno, e como
isso afetou a relação do homem com o tempo e o espaço.

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Publicado

08-08-2018

Edição

Seção

Anais da Semana de História