A representação do Egito e da Etiópia Antiga na Geografia, Livro XVII, de Estrabão

Autores

  • Jéssica Ladeira Santana

Resumo

Na presente comunicação temos objetivo de analisar como Estrabão, autor greco-romano, buscou representar os espaços egípcio e etíope, no século I a.C., na Geografia, Livro XVII. Por meio do aporte conceitual empregamos conceitos de representação, isotopia, identidade, alteridade e estigma. Ao descrever o vale do rio Nilo, o geografo utiliza seu ideal de mundo para descrever o Egito e a Etiópia. À vista disso, sua cultura greco-romana, interfere na representação dele à esses povos. A identidade do autor carrega atributos imperiais, e por isso prestigiadas no império romano, e ao depararse com o Delta, principalmente em Alexandria, o autor define estes locais mediante a isotopia, propiciada pela afinidade desta região com a origem dele. No caminho ao sul nilótico, percebemos um declive de elogios e até mesmo de escrita sobre os locais. Quando se dirige a Etiópia e seus habitantes, Estrabão não reconhece mais referencias e nem analogias. No ambiente do outro, o geografo coloca os etíopes no lugar da alteridade, e em alguns momentos de sua descrição, chega a estigmatiza-los, denominando-os de trogloditas.


Palavras-chave: Império romano. Egito. Etiópia. Representação. Estrabão.

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Publicado

23-12-2020

Edição

Seção

Anais da Semana de História