A IMPRENSA COMO ATOR POLÍTICO: UMA ANÁLISE DOS PASQUINS REPUBLICANOS APÓS A DISSOLUÇÃO DO GABINETE LIBERAL DE ZACARIAS DE GÓIS E VASCONCELOS
Resumo
Na presente comunicação, temos por objetivo analisar e encontrar similaridades na estratégia utilizada pela imprensa republicana brasileira, tanto na contestação ao monarquismo, como na exaltação do sistema republicano. Para isso, investigamos alguns impressos da segunda metade do século XIX, sendo eles o jornal amazonense Argos, O amigo do povo, do Piauí e A
República, da Província de Pernambuco. Nos concentramos no cenário político brasileiro após a dissolução do gabinete liberal de Zacarias de Góis e Vasconcelos, ocorrido em 1868 e na criação do Partido Republicano, dois anos depois. Essa análise foi embasada pela instrumentalização do discurso, empregada por Foucault, para compreender as diferentes narrativas republicanas e seu campo de disputa, no método decisional, relatado por Perissinoto e Codato, para entender quem eram os agentes por detrás desses discursos e no conceito apresentado por Charaudeau, denominado discurso propagandista, que visa entender as estratégias desses agentes, ao fazer com que os leitores desses jornais aderissem suas visões e opiniões, tanto do sistema monárquico, quanto do republicano.
Palavras chave: Imprensa. República. Jornais. Monarquia. Elites políticas.