CURRICULO E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: POSSÍVEIS DIÁLOGOS ENTRE ESCOLAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA E ÁREAS PROTEGIDAS
Résumé
Resumo
O ensino em escolas localizadas no entorno de Unidades de Conservação (UCs) enfrenta desafios únicos, particularmente no que se refere à ambientalização do currículo. As UCs, definidas como áreas de importância ambiental, desempenham um papel essencial na proteção da biodiversidade e apresentam potenciais pedagógicos relevantes para a educação ambiental. Contudo, conforme Frizzo e Carvalho (2018), muitas dessas escolas carecem de integração efetiva da temática ambiental em suas práticas pedagógicas, apesar da proximidade física com áreas preservadas. A pesquisa aponta dificuldades enfrentadas pelos educadores, como a falta de capacitação e a ausência de políticas educacionais que incentivem o uso das UCs como espaços de ensino não formal.
O conceito de ambientalização do currículo refere-se à incorporação de princípios ecológicos e sustentáveis no cotidiano escolar, promovendo maior conscientização entre os alunos. No entanto, o estudo revela a discrepância entre o potencial pedagógico das UCs e a realidade enfrentada nas escolas, com falta de infraestrutura e recursos didáticos adequados. Além disso, a legislação vigente, como a Lei Federal nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), estabelece zonas de amortecimento que influenciam diretamente o uso educacional dessas áreas. Assim, é essencial investigar como essas escolas utilizam os espaços das UCs para o ensino de ciências e identificar as percepções de professores e alunos sobre o tema.
Palavras-chave: Unidades de Conservação; ambientalização; educação ambiental; ensino de ciências; escolas.