PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE OS BENEFÍCIOS DA LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E DO LETRAMENTO.
Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que investigou as experiências e percepções de professoras de Língua Portuguesa do 1º ano do Ensino Fundamental, em uma escola localizada em uma cidade do extremo Sul baiano, sobre a influência da literatura infantil no processo de alfabetização e letramento. A pesquisa surgiu das inquietações da autora durante seu estágio na escola em questão, enquanto bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). A partir deste estágio, vários questionamentos sobre a utilização da literatura infantil foram surgindo, principalmente considerando sua necessidade no professo de alfabetização e letramento. Isto propiciou o questionamento: como a literatura infantil impacta o processo da alfabetização nos anos iniciais? O estudo objetivou compreender como as docentes percebem e mobilizam textos literários, para favorecer a alfabetização, considerando a aprendizagem inicial da leitura e da escrita. Embora haja consenso sobre o potencial dos textos literários infantis para impulsionar a alfabetização inicial, ainda são pouco investigadas as formas como as professoras os percebem e mobilizam no cotidiano da sala de aula; Justifica-se assim, que compreender essas práticas pode revelar lacunas entre teoria e prática e orientar formações docentes e até mesmo, materiais didáticos mais eficazes. Metodologicamente, esta pesquisa foi orientada por uma docente da autora, ancorando-se em um diálogo entre dois aportes amplamente reconhecidos na área: Delia Lerner (2002) e Magda Soares (2003). A pesquisa foi autorizada pelas gestoras da escola e considerando os aspectos éticos, iniciou-se após submissão à Plataforma Brasil e consequente aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP). Com base no referencial teórico adotado, elaborou-se um questionário composto por questões abertas, destinado à duas professoras que lecionam para as turmas pesquisadas. Os resultados apontaram que práticas sociais de leitura, deram mais sentido à decodificação, fortaleceram a consciência fonológica das crianças, ampliando também o repertório lexical e sintático dos estudantes. Apontaram também alguns desafios, como o pequeno acervo da escola, limitado tempo dedicado diante de outras demandas do currículo escolar e o baixo envolvimento familiar. Os resultados, foram apresentados para docentes e gestores da escola e acredita-se que esta pesquisa poderá contribuir na formação dos discentes de Pedagogia.
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