As práticas patrimonialistas e o ordenamento urbano: uma análise histórica e geográfica sobre os modais de transporte coletivo da cidade do Rio de Janeiro
Resumo
Os processos de urbanização e produção do espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro, analisados, principalmente, sob o viés da mobilidade urbana, evidenciam históricas práticas patrimonialistas, entre Estado e empresas privadas, capazes de influenciar no ordenamento urbano, nos valores das tarifas e na espoliação do trabalhador. Uma retomada no tempo e no espaço dessas dinâmicas, apoiada em levantamento bibliográfico de autores como Faoro (1993, 2000), Matela (2014), Silva (1992) e Santos (1934), bem como uma pesquisa em dados secundários conseguidos em sites da internet, revelaram monopólios espaciais conseguidos pelas concessionárias de transporte. Além disso, este trabalho busca contribuições da geografia para novas abordagens teóricas e metodológicas, visto que ao dialogar a dialética lefebvriana com a sociologia crítica weberiana, intenta traçar um perfil mais característico do modo de produção capitalista do espaço urbano no Brasil.