Agindo do chão: análise do uso de sementes crioulas a partir de uma “sociologia relacionista”
DOI:
https://doi.org/10.25067/s.v21i2.17150Resumo
A partir de um estudo de caso sobre o manejo agroecológico de sementes crioulas, propomos uma discussão em torno das potencialidades epistemológicas e políticas do que denominamos “sociologia relacionista”. Defendemos que tal perspectiva proporciona análises imanentes e anti-essencialistas tanto dos fenômenos sociais quanto da tecnologia e de suas transformações. Argumentamos ainda que o relacionismo permite analisar os objetos técnicos enquanto processos abertos, frutos de um conjunto de regulações governamentais, interesses de mercado e dinâmicas tecnocientíficas, mas também sujeitos a agenciamentos por parte de sujeitos não-especialistas que propõem formas mais democráticas e participativas de produção de conhecimento e de desenvolvimentos sociotécnicos através de movimentos de “cidadania tecnocientífica”.
Palavras-Chave: relacionismo, cidadania tecnocientífica, agroecologia, sementes crioulas.
Based on a case study on the agroecological cultivation of native seeds, we propose a discussion about the epistemological and political potentialities of what we call “relationist sociology”. We demonstrate that such a perspective provides immanent and anti-essentialist analyzes of social phenomena and sociotechnical dynamics. We also argue that this perspective allows us to analyze technical objects as open processes, as the results of governmental regulations, market interests and technoscientific dynamics, but also subject to assemblages by non-specialists actor who propose democratic and participatory forms of knowledge production and socio-technical developments through movements of “techno-scientific citizenship”.
Keywords: Relationism, technoscientific citizenship, agroecology, native seeds.
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