PROFESSORES PERTENCENTES À “CLASSE-QUE-VIVE-DO-TRABALHO”: UMA DISCUSSÃO SOBRE A PROLETARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE

Autores

  • Cláudia Letícia de Castro do Amaral
  • Letícia Ramalho Brittes

DOI:

https://doi.org/10.25067/s.v1i11.4576

Resumo

Este artigo propõe discutir o trabalho dos professores a partir de uma concepção de classe social, bem como procura compreender o processo de proletarização desses trabalhadores. Entende-se que o trabalho das professoras e professores insere-se em uma classe social, sob o viés da proletarização do trabalho destes profissionais. Além disso, buscar-se-á apresentar propostas que elucidem o reconhecimento de pertença das professoras e professores a um grupo cuja organização aponte para a recuperação de sua condição de trabalhadores da educação. Para tanto, considera-se relevante que esses profissionais reconstituam também sua condição de produtores do saber com o qual trabalham a fim de redimensionarem o seu lugar de sujeitos da ação educativa. O presente trabalho foi elaborado pelas autoras através da contribuição das leituras e reflexões desenvolvidas no Kairós - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho, Educação e Políticas Públicas –, no âmbito da Universidade Federal de Santa Maria, tendo como aporte teórico-metodológico um estudo bibliográfico, de cunho qualitativo. Com base na pesquisa realizada, destaca-se a necessidade de ressignificação do trabalho dessas professoras e professores, conforme a proposta de Ricardo Antunes (2005), em que situa esses trabalhadores como “classe-que-vive-do-trabalho”. Dessa forma, explicita-se claramente o processo de pertencimento dessa classe social a um grupo socialmente organizado que possibilita aos professores agirem como sujeitos de sua práxis educativa.

 

Palavras-chave: Trabalho docente; Classe social; Proletarização.

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