PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO: PRODUÇÃO DE DIFERENTES MODOS DE SER SURDO
Resumo
Este texto é constituído a partir de um recorte de uma pesquisa de
mestrado, realizada no Centro de Atendimento ao Surdo (CAS), na capital do
Espírito Santo. Antes de tornar-se CAS, a instituição foi construída para ser
uma escola de surdos no final da década de 80 do século XX. A construção
desse espaço é entendida como uma transformação do cuidado com a saúde
da população surda pelo Estado. Durante o desenvolvimento da pesquisa,
percebemos que a escola funcionava em um espaço inusitado, o que nos
possibilitou levantar a hipótese de que a instituição fora projetada com o
formato de uma cóclea, simbolizando a proposta pedagógica focada no
aproveitamento residual da audição, a fim de lograr êxito no trabalho com a
voz, fala e linguagem do aluno surdo. Para análise dos dados, fizemos uso dos
seguintes conceitos-ferramenta, inspirados nas teorizações foucaultianas:
governamento e subjetivação. Para auxiliar-nos nesse caminhar e para
investigar essas práticas pedagógicas, foi primordial recorrermos à utilização
de uma metodologia do tipo etnográfica, que possibilitou a organização do
material desta pesquisa a partir da análise da planta arquitetônica do prédio, de
documentos, da vivência com a comunidade escolar que constitui, ou
constituiu, esse espaço, além das entrevistas abertas (empregadas quando
necessário).Como resultado, ao problematizarmos as práticas pedagógicas
produzidas em diferentes espaços/tempos, concluímos que num determinado
momento, tais práticas hipervalorizavam o discente surdo oralizado, aquele que
se aproximava da normalidade ouvinte, e que na atualidade, houve a
emergência de formas de condução que possibilitam a hipervalorização do
discente surdo, baseando-se na noção de Surdo como diferença cultural e
linguística.
Palavras-chave: Educação de surdos. Escola. Subjetivação.
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