(DES)CONTINUIDADES NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DOS ESTUDANTES COM AUTISMO NAS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
O estudo objetiva discutir os desafios da transição entre as etapas da
educação básica prioritariamente no que se refere à inclusão escolar das
crianças e estudantes com autismo com uma questão norteadora: Como propor
uma transição da educação infantil para os anos iniciais do ensino fundamental
e, deste, para os anos finais com condições de continuidade do trabalho
pedagógico para/com estudantes com autismo? Para tanto, reunimos recortes
de duas pesquisas: a primeira aborda a transição de uma criança com autismo
da educação infantil para o ensino fundamental resultante de uma
pesquisa-ação (Santos, 2017) e a segunda, a transição dos anos iniciais para
os anos finais do ensino fundamental de uma adolescente com autismo oriundo
de um estudo de caso com características de investigação longitudinal
(Gonçalves, 2018). A abordagem histórico-cultural foi utilizada para
compreensão dos processos de apropriação do conhecimento no ambiente
escolar. A perspectiva inclusiva demanda um fazer pedagógico em que a
qualidade do processo de ensino e aprendizagem seja mais significativo do que
o acúmulo de aspectos quantitativos. De tal modo, os registros pedagógicos
desses processos demandaram mais a síntese do que a representação
numérica que simbolicamente e culturalmente provocaram marcas. Assim,
pôde-se compreender as especificidades do processo de inclusão escolar; as
motivações e possibilidades de apropriação do conhecimento e de
empoderamento deste público da modalidade educação especial, ao mesmo
tempo em que provoca reflexões críticas acerca das tensões existentes entre
estudantes, professores e famílias, diante das inúmeras formas dos estudantes
com autismo apresentarem suas experiências singulares e, de algum modo,
assumirem a participação ativa nos seus processos representativos e
simbólicos no contexto escolar.
Palavras-chave: Inclusão escolar. Autismo. Educação Básica
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