“QUE OS SURDOS SE EXPRIMAM COMO OS OUTROS”: A ORALIZAÇÃO NO CONGRESSO DE PARIS (1900)

Autores

  • Eliane Telles de Vieira Universidade Federal do Espírito Santo
  • José Rodrigues Universidade Federal do Espírito Santo
  • Keila Cardoso Teixeira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Lucyenne Matos da Costa Machado Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo

A partir da leitura do documento Congresso Internacional para o estudo das
questões de educação e de assistência de surdos-mudos (Seção dos
ouvintes), relatório do congresso realizado em Paris em 1900, e fazendo uso
da noção de experiência proposta por Michel Foucault, o presente texto
procura investigar como uma determinada ênfase no método oral puro e,
consequentemente, na possibilidade de fala dos surdos delineou-se como um
assujeitamento destas pessoas em relação aos outros. Compreendendo o jogo
de verdade, as relações de poder e as relações consigo e com os outros que
tal experiência carrega, busca-se discutir como a decisão de Milão retomada
em Paris faz com que surdos se comportem como ouvintes, definindo suas
condutas, conduzindo suas práticas. Trata-se de uma pesquisa documental
qualitativa em que se buscam no texto os processos de constituição da
oralização como conformação aos outros. Toma-se como documento as atas
redigidas por Ladreit de Lacharrière et al na sua tradução publicada em 2013
pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).
PALAVRAS-CHAVE: Surdez; Seção dos ouvintes; Congresso de Paris (1900);
Experiência.

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Publicado

28-02-2021

Edição

Seção

Comunicação Oral - Eixo 2 Propostas Curriculares e Práticas Pedagógicas