TENSÕES DA GESTÃO ESCOLAR NA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Resumo
A partir de um recorte da pesquisa de doutoramento de Nunes (2016), este
texto objetiva sistematizar reflexões acerca dos desdobramentos da Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (BRASIL, 2008)
considerando o trabalho da gestão escolar no cotidiano de uma escola de
ensino comum e as tensões resultantes dos gradientes de poder que emergem
nas inter-relações vividas no chão da escola. Assume a premissa de que a
política se realiza nas inter-relações de sujeitos concretos, que cotidianamente
produzem e reproduzem concepções de Estado, de educação e de deficiência,
ao refletir sobre a figuração da Educação Especial na pauta de trabalho da
gestão escolar. A teoria eliasiana sustenta a compreensão do vivido a partir da
ideia de tensões enquanto processo inerente das relações de poder como um
componente estrutural intrínseco das hierarquias de status em todos os lugares
(ELIAS, 1994b). A pesquisa de campo deu-se no decorrer de 2014 e
constituiu-se em períodos de observação participante e realização de
entrevistas a professores da sala de aula, professores da sala de recursos,
pedagogos e dos pais dos alunos. As reflexões desenvolvidas subsidiam a
compreensão de que se as tensões são um elemento intrínseco das relações
humanas (ELIAS, 1994b), elas precisam ser assumidas por todos os
envolvidos de modo a garantir o processo de escolarização dos estudantes público-alvo da Educação Especial. Consideramos ainda, que a escola deve
superar a abordagem dicotômica que focaliza ora a deficiência, ora o indivíduo,
e conceber o estudante como um ser integral, valorizando a coletividade e o
engajamento mútuo para que todos aprendam.
Palavras-chave: Educação Especial; Gestão Escolar; Tensão; Figuração.
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