O SENTIDO DE SER MÃE DE CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA
Resumo
Este ensaio objetiva descrever compreensivamente uma prática educativa desenvolvida no espaço-tempo domiciliar, por uma mãe que se dispôs a usar como recurso educativo andar a cavalo, junto a uma criança público-alvo da educação especial, que devido a uma doença crônica se tornou cego. O estudo é de cunho fenomenológico (PINEL, 2015; RIBEIRO, 2011, MAY, 1980), pois, busca compreender o ser existente em movimento e transformação, contextualizando suas experiências e as relações. É uma proposta radical colocar-se entre parênteses, suspender todo conhecimento anterior e olhar as coisas a partir delas mesmas (RIBEIRO, 2011). Recorremos às perspectivas teóricas de Leonardo Boff (1999), Paulo Freire (1996) e May (1980), a fim de compreender os “modos de ser” da figura materna diante do cuidado de si e do filho, pois a fenomenologia é uma teoria para o mundo externo, que mira o outro, que não está encerrada em si mesma. A coleta dos dados se deu pela observação, numa prática educacional de andar a cavalo, acompanhada de escuta empática e descrição do sujeito da pesquisa, cavalgado ou tentando subir e cavalgar no animal cavalo por meio de narrativas e descrições, possibilitando à mãe e ao filho o exercício para superação de seus medos e desenvolvimento de novas habilidades. Os resultados apontam que a prática educativa a partir do - andar a cavalo, exige coragem, responsabilidade, ajuda a desenvolver autoconfiança, liderança e criatividade, para superar desafios do dia a dia.
Palavras-chave: Andar a cavalo, mãe e filho, fenomenologia
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