OLHAR ROTULADOR NOS (DES)ENCONTROS DA MEDICALIZAÇÃO DA VIDA E DAS POLÍTICAS
PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DE PATOLOGIAS
Resumo
Nas últimas décadas tem se discutido com certa veemência questões relacionadas à Educação Especial e Educação Inclusiva. Houve um longo e árduo processo de garantia do direito e permanência à inclusão de pessoas público-alvo da educação Especial nas escolas públicas brasileiras, que podem ser evidenciados por documentos legais, como por exemplo, pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), o Plano Nacional de Educação (2014), e a Lei de Diretrizes de Base Nacional da Educação Brasileira (LDBN/93.94/96) – não detalharemos esses documentos neste trabalho, apenas fazemos alusão aos mesmos, como marcos de políticas no campo da Educação Especial. Por meio do presente trabalho, que constitui-se parte de nosso Projeto de Mestrado em Educação, do Programa de Pós Graduação Mestrado Profissional da Universidade Federal do Espírito Santo, buscamos compreender como o processo de medicalização da vida (em especial na infância) tem se constituído ao longo dos anos, evidenciando, que tem havido um crescimento exponencial de produção de laudos clínicos, que por consequência, implicam ao “sujeitos laudados”, a medicalização como forma de “correção” social. Discute-se que muitas das vezes, esse laudo é pré-produzido por olhares rotulantes no interior da escola, sendo essa, a responsável por fazer encaminhamentos de crianças/adolescentes que “não aprendem ou fogem à regras comportamentais, por meio de relatórios pedagógicos “rotularizantes”. Conclui-se que é preciso questionarmos essa crescente e desenfreada produção de laudos clínicos, indiciados, pré-prescritos e validados pelos olhares dos professores, pedagogos, da escola. Pensando e repensado, construindo novas/outras configurações de futuro, deslocando-nos para uma sociedade que consiga conviver com as diferenças, que seja verdadeiramente inclusiva para todos.
Palavras-chave: medicalização da vida, políticas públicas, patologização individualizada
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