Capital social como fator limitante ao progresso social e econômico da região cacaueira baiana
Resumo
O presente estudo busca analisar a economia cacaueira no Mesorregião do Sul Baiano - MSB e as interfaces com a trajetória econômico e social de um território que descobriu no cacau a esperança de enriquecimento e melhorias sociais. A sua trajetória foi circundada por crises, as quais receberam adjutórios públicos, que a amenizavam, porém sem uma solução definitiva, chegando ao ápice de uma doença vir a proporcionar um desajuste de produção reduzindo-a em 70% da produção média dos últimos 30 anos, provocando em conseqüência o empobrecimento do patrimônio regional, cujas externalidades provocaram o desemprego e graves problemas sociais, cuja fase dura mais de 20 anos. Além de fatores estruturais e conjunturais, uma das causas ainda não discutida, mas importante na formação da crise está relacionada ao comportamento individualista do cacauicultor, o que quer dizer que as relações sociais não eram atividades costumeiras no dia a dia da prática regional. A escassez do capital social como fator limitante influenciou decididamente para a perda do desempenho tecnológico e a fraca representação política do cacauicultor. A cacauicultura tornou-se frágil perdendo a institucionalidade da produção e da representação, assim como a queda das interações sociais, que já eram precárias na Região.