Contos e encontros: ocupação de áreas de interesse ambiental e conflitos entre políticas públicas e comunidades locais em Vitória-ES
Resumo
A proposta deste artigo é interrogar os discursos de sustentabilidade da Prefeitura Municipal de Vitória-ES, a partir da descrição de um dos focos deste conflito, a comunidade conhecida como “Campinho” no alto do morro da Fonte Grande, que ganhou visibilidade a partir da criação do Parque Estadual da Fonte Grande em 1986. Considerando os vários atores e órgãos envolvidos nesta problemática, esta leitura do conflito tentará evidenciar as circularidades presentes nas falas e práticas dos moradores do local, na tentativa de questionar políticas “desenvolvimentistas” e práticas de “remanejamento” que têm desconsiderado as matas nos morros e seus arredores, e o canal do mangue na baía de Vitória, como ambientes socializados através das formas de organização da produção e pertencimento das identidades coletivas.