O ateu asceta e o padre hedonista; The ascetic atheist and the hedonistic priest
entre Malebranche e Schopenhauer
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v11i2.38835Palavras-chave:
Malebranche, Schopenhauer, vontade, hedonismo, ascetismoResumo
Este artigo tem como objetivo propor uma investigação sobre o conceito de Vontade a partir de Malebranche (1638-1715) e Schopenhauer (1788-1860). Partimos do pressuposto de que, guardadas as devidas proporções, existem elementos que nos permitem afirmar certa semelhança entre ambos. Respeitando as particularidades de cada um, também nos dedicamos em apontá-las sumariamente. Para tanto, dividimos este artigo em três partes. A primeira apresenta aspectos gerais do conceito de Vontade proposto por Malebranche. A segunda debate o conceito de Vontade de vida de Schopenhauer. Na terceira apresentamos uma discussão sobre os caminhos distintos que eles tomaram a partir de um ponto de partida comum: a noção de vontade cega. A partir desta investigação, sustentamos nosso argumento acerca das semelhanças e confluências que, entretanto, não diminuem a especificidade de cada autor, especialmente quanto aos resultados; o cristão pendendo para o hedonismo, enquanto o ateu se inclinou ao ascetismo.
Abstract
This article aims to propose an investigation into the concept of Will from Malebranche (1638-1715) and Schopenhauer (1788-1860). We start from the assumption that, keeping the due proportions, there are elements that allow us to affirm a certain similarity between the two. Respecting the particularities of each one, we are also dedicated to briefly pointing them out. To this end, we have divided this article into three parts. The first presents general aspects of the concept of Will proposed by Malebranche. The second discusses Schopenhauer's Will to Life concept. In the third, we present a discussion of the different paths they took from a common starting point: the notion of blind will. From this investigation, we support our argument about the similarities and confluences that, however, do not diminish the specificity of each author, especially regarding the results; the Christian leaning toward hedonism, while the atheist leaning toward asceticism.
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