DOCÊNCIA E SERVIÇO SOCIAL: CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE

Autores

  • Rita Lourdes Lima Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.22422/2238-1856.2016v16n31p261-280

Resumo

Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que se gestou de um esforço coletivo de várias pesquisadoras de diversas universidades (UFRN, UERN, UFAL, UFSC e UnB) em face da necessidade da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) conhecer o perfil e condições de trabalho e saúde de suas/seus filiadas/as. Objetivou, portanto, analisar as dificuldades, desafios, condições de trabalho e saúde das/os docentes dos cursos de Serviço Social presenciais no Brasil, filiados a ABEPSS. O universo das instituições filiadas a ABEPSS era de 108 unidades acadêmicas e o universo das/os docentes era de, aproximadamente, 1620. A ideia era aplicar 570 questionários, com uma amostra representativa do tipo estratificada de fração ótima. A principal dificuldade foi o não retorno de grande parte dos questionários enviados via e-mail. Diante disso, optou-se por aplicar os questionários com as/os docentes de Serviço Social de todo o Brasil, que se reuniriam no XIV Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social (ENPESS). O evento foi realizado na UFRN, em Natal (RN), de 30 de novembro a 4 de dezembro de 2014. Ao final do trabalho de coleta, tínhamos 168 questionários respondidos. Os resultados analisados, em parte, apontam um perfil docente de assistentes sociais – que foram ao ENPESS - predominantemente feminino, brancas, casadas, na faixa etária entre 31 e 60 anos, católicas, trabalhando em instituições públicas, concursadas, trabalhando frequentemente além de seus horários de trabalho, bem como em finais de semana e feriados e com diversos problemas de saúde.

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Biografia do Autor

Rita Lourdes Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Publicado

13-02-2017

Como Citar

Lima, R. L. (2017). DOCÊNCIA E SERVIÇO SOCIAL: CONDIÇÕES DE TRABALHO E SAÚDE. Temporalis, 16(31), 261–280. https://doi.org/10.22422/2238-1856.2016v16n31p261-280