Educação permanente, violência e proteção de crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2024v24n47p313-330Palavras-chave:
Violência, crianças e adolescentes, educação permanente, territóriosResumo
O artigo tem o objetivo de socializar a proposta de educação permanente destinada a profissionais que atendem situações de violência contra crianças e adolescentes em territórios do estado do Rio de Janeiro, através da experiência do Núcleo de Apoio a Profissionais (NAP), situado no Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). A metodologia está ancorada em pesquisa bibliográfica, por meio do levantamento das principais referências categoriais e em documentos que orientam o exercício profissional, seja em legislação específica, nota técnica ou em plano de atendimento. Amparado em reflexões de autores da tradição crítica e marxista, o artigo está dividido em quatro partes: uma breve consideração sobre a educação permanente na literatura profissional; a violência como parte constitutiva do modo de produção capitalista e os desafios à proteção integral de crianças e adolescentes; o debate sobre territorialização e educação permanente, evidenciando disputas e interesses particulares que tornam o trabalho em rede fundamental no enfrentamento às relações sociais desiguais; e, por fim, são explicitados os resultados, fragilidades e potencialidades da ação profissional nos territórios, assim como os avanços da educação permanente em sua ação intersetorial.
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