A ESCALADA DA REPRESSÃO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES): OS ANOS DE 1972 E 1973
Resumo
Os anos de 1972 e 1973 testemunharam o aumento das práticas de vigilância e repressão na Universidade Federal do Espírito Santo. Esse acontecimento esteve relacionado à instalação da Assessoria Especial de Segurança e Informação (AESI) na universidade, a partir de meados do ano anterior, e da aplicação de seus métodos e práticas de controle sobre a vida acadêmica capixaba. A especialização das atividades repressivas da ditadura nas universidades públicas brasileiras, neste período, refletia claramente o direcionamento de seu comando nacional, sob tutela do general Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). Na estratégia de combate ao imaginado “inimigo vermelho” pela via do aumento repressivo, a instalação das AESI no interior das academias nacionais – “celeiros” da resistência ao regime – soava fundamental. No caso da AESI/UFES, as ações desenvolvidas sob direção de Alberto Monteiro refletiam as representações anticomunistas compartilhadas pelos servidores da ditadura e promoviam uma nova onda repressiva na universidade, entre 1972 e 1973, cujo objetivo central era monitorar e coibir qualquer influência ou articulação considerada subversiva.
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