O ANTIJESUITISMO COMO INSTRUMENTO REFORMADOR DO ENSINO LUSO: NOTAS DE PESQUISA SOBRE O COMPÊNDIO HISTÓRICO (1771)
Resumo
Sob o Século das Luzes, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, emerge como figura ímpar na modernização cultural portuguesa. Após a expulsão da Companhia de Jesus em 1759, Ordem religiosa que até então administrava a maioria das instituições de ensino em Portugal, os estudos maiores e menores passaram por uma profunda reestruturação. No entanto, mesmo diante da ausência jesuítica, o nome da Ordem de Ignácio de Loyola continuou a ser evocado sob forte teor pejorativo. O Compêndio Histórico da Universidade de Coimbra, publicado em 1771 e de autoria do próprio Marquês de Pombal, é considerado o ápice da campanha antijesuítica impulsionada durante o governo de D. José I. A obra transmite uma suposta decadência do ensino luso que teve início com a chegada dos jesuítas ao Reino ainda no século XVI. Diante disso, o presente artigo apresenta o uso do antijesuitismo nas reformas educacionais em Portugal, correlacionando-o com a produção do Compêndio Histórico e o projeto político pombalino.
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