A RELAÇÃO ENTRE O DISCURSO AGOSTINIANO E O MATRIMÔNIO: O LÓCUS DA PRÁTICA DA SEXUALIDADE ORDENADA
Resumo
A proposta da presente comunicação é avaliar como se articulava a relação entre o discurso agostiniano e o matrimônio como lócus do exercício da sexualidade ordenada. Com a ascensão do cristianismo no Ocidente como religião oficial durante o Baixo Império Romano, por volta do século V, a sociedade sofreu consideráveis transformações. A religião cristã propôs uma justificativa de cunho transcendente para as questões sexuais pautada, simultaneamente, na Teologia e na exegese promovidas pela Patrística e consolidada por Agostinho de Hipona (354-430). A moral cristã fora caracterizada basicamente pela apologia do casamento monogâmico e indissolúvel, assim como pela condenação do desejo e do prazer. Durante os séculos IV e V, os governantes cristãos do Império Romano iniciaram uma série de mudanças no Direito Civil no que diz respeito ao matrimônio. Nas obras intituladas Dos Bens do Matrimônio e Da Santa Virgindade, Agostinho defende o casamento e encontra um lugar para a virgindade dentro da Igreja. Para fazê-los, tornou-os sociais. O matrimônio, segundo ele, possuía três benefícios: proles, fides e sacramentum.
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