A Subjetividade Ideal como repouso e paixão em Hegel
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v4i1.10135Resumo
De acordo com Hegel, a bela subjetividade heroica repousa sobre seu próprio ânimo e a partir da segurança deste repouso não aceita as vicissitudes do destino como se lhe fossem impostas por uma necessidade exterior, mas as subsume no corpo de ação movida por sua vontade. Tal ação é vinculada indissociavelmente às suas consequências e decorre de uma imediatez original entre o sentimento do agente e o mundo efetivo, não de uma deliberação racional, como no seio do Estado moderno, onde cada indivíduo deve se despir de seu arbítrio pessoal e aderir à normatividade do entendimento legislador. Em contrapartida, o ideal da beleza individual encontra sua exposição mais verdadeira na chamada época dos heróis, principalmente na subjetividade inscrita na figura de personagens que efetivam no universo circundante a identidade que nos deuses olímpicos apenas repousava sobre si numa união consigo mesma pura, mas passiva.
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