Entre o eu puro e o eu empírico: McDowell, Adorno e as linhas gerais para uma leitura materialista e realista da gênese da autoconsciência em Hegel
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v7i1.20812Resumo
Tendo em vista a forma como o pensamento de Hegel se relaciona às questões do realismo e do naturalismo, pretendo relembrar o caráter diretivo para ele do problema da mediação entre consciência pura e consciência empírica, já antecipando a envergadura intersubjetivista da discussão proposta por ele (1). Em seguida, vou lançar mão de reflexões críticas de Adorno sobre a dialética de Hegel para obter um sentido materialista da discussão em torno dessa mediação (2). Na terceira parte, pretendo reconstruir o argumento de McDowell para atribuir a Hegel certo compromisso com o empirismo mínimo e, a partir daí, com o realismo epistemológico (3). Na penúltima parte, apresento criticamente a interpretação oferecida por McDowell para a célebre dialética do senhor e do escravo (4). Finalmente, à guisa de conclusão, procuro recuperar a formulação de uma hipótese interpretativa da gênese da autoconsciência em Hegel a partir das contribuições de Adorno, McDowell e Pippin.
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