Homo digitalis: governo e construção de subjetividades em um mundo digital
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v8i2.27021Resumo
Partindo do viés determinista da tecnologia veremos que esta tem poder suficiente para estabelecer formas-de-vida específicas, configurar a atividade humana, estruturar os comportamentos individuais e coletivos para produzir resultados desejados – entre estes está a construção condicionada e controlada de sujeitos sob encomenda. A ideia de uma razão tecnológica que constrói subjetividades pré-determinadas liga-se à noção foucaultiana de governamentalidade: um poder que se exerce sobre um conjunto de indivíduos através da estruturação dos possíveis campos de ação. Exercer o poder sobre os outros implica em governar ações, administrar eventualidades, gerenciar possíveis riscos e perigos. Nesse sentido, buscamos analisar o papel desempenhado por uma crescente racionalidade de governo efetuada e gerida pelos algoritmos. Com o advento da internet foi possível coletar e armazenar dados sobre os mais diversos aspectos da vida dos indivíduos. Tal situação possibilitou a instalação de um tipo completamente novo de governo que age através da otimização algorítmica dos comportamentos, das relações sociais e da própria vida.
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Copyright (c) 2019 Rone Eleandro Santos
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