O retrato deleuziano de Nietzsche: uma imagem intempestiva do pensamento
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v4i1.8100Resumo
O artigo discute a recepção e as linhas interpretativas do pensamento de Nietzsche aberta pela monografia de Deleuze, Nietzsche e a Filosofia, originalmente publicada em 1962, a qual foi parte fundamental da reabilitação da filosofia nietzschiana no cenário francês do pós-guerra. Ao ler o eterno retorno de Nietzsche como um pensamento sintético sobre o tempo, Deleuze propõe uma distinção original entre as forças (empíricas) e a vontade (transcendental) que se insere em uma problematização interna a obra do filósofo francês, acerca dos limites da representação na compreensão trágica da diferença, distante das figuras da reconciliação dialética. Nesse sentido, para Deleuze, Nietzsche teria sido o filósofo que mais colaborou para uma nova imagem do pensamento, assim como para a afirmação de outra relação entre a filosofia e a história, e que não seria nem histórica, nem eterna, mas intempestiva.Downloads
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