INVADINDO ESCOLAS COM HISTÓRIAS NEGRAS: OS BLACK POWERS DE TAYÓ E AKIN, DE KIUSAM DE OLIVEIRA

Resumo

A lei 10.639/03 prevê a obrigatoriedade do ensino de história e da cultura de africana e afro-brasileira, contudo, há uma lacuna na aplicação da lei, em especial na Literatura. Pensando nessa lacuna é que proponho esta proposta didática a partir da sequência básica (COSSON, 2009) de duas obras “O mundo no black power de Tayó” (2013), escrito por Kiusam de Oliveira com ilustrações de Taisa Borges e “O black power de Akin” (2020), escrito por Kiusam de Oliveira e ilustrado por Rodrigo Andrade. Ambas as obras destacam a ancestralidade africana e a representatividade negra permitindo a reflexão acerca do racismo. A proposta visa refletir sobre a construção da autoestima das crianças negras frente a um padrão eurocêntrico ainda pouco desconstruído na sociedade e nas escolas brasileiras. Desses cabelos ora raspados, nos homens negros, ora alisados, nas mulheres negras, irrompem nas narrativas como reconhecimento e busca dessa ancestralidade. Ainda, nos serve de base teórica as discussões de Nilma Lino Gomes (2008) e Lélia Gonzalez (2018) em que a consciência de ser negro e a busca da valorização dessa realeza (re) negada parte, em grande parte, dos cabelos armados, em riste, verdadeiras coroas que permitem vários penteados, mas marcadamente o black power.

Palavras-chave: Ancestralidade negra; Representatividade; Sequência Básica