O MERCADO DE TRABALHO E AS JUVENTUDES NEGRXS

Autores

  • Diomario da Silva Junior
  • Vinicius de Luna Chagas Costa
  • Juliana Nascimento da Silva Avelino

Resumo

Analisar as invisibilidades dos negros no mercado de trabalho, tendo como referência os cientistas sociais que produzem pesquisas na tentativa de demonstrar o processo explicito de desigualdade e discriminação racial na relação emprego e renda, sem que a sociedade repense essa realidade cruel atingindo cotidianamente a população negra, torna a questão racial central. A linha de cor vai tipificando as escolhas dos trabalhadores. Na escolha de incrementar a imigração branca no pós abolição se consolida a tendência histórica da desigualdade racial na estruturação do mercado de trabalho brasileiro. Não é correto colocar a culpa da situação na escravidão. Para o incremento da imigração europeia um dos principais argumentos era a falta de capacidade do negro em adaptar-se a nova condição de trabalhador livre. Vinha de longe o esforço de atração legitimando a vinda de imigrantes incentivada pelo estado imperial e continua na mesma linha com o advento do estado republicano. Nesta perspectiva, entendo que a produção de Mário Theodoro (2008), Carlos Hasenbalg (2005), Luciana Jaccoud e Nathalie Beghin (2002), e Marcelo Paixão (2014), são importantes por demonstrar a partir de dados quantitativos como foram estruturadas e foram se atualizando as condições de discriminação e as desigualdades raciais no Brasil. Buscamos discutir como o programa jovem aprendiz e a lei de 10.097/2000 pode ser capaz de reproduzir ou proporcionar novos caminhos em relação a exclusão da juventude negra do mercado de trabalho.

Palavras-chave: Juventudes; Mercado de Trabalho; Afrodescendentes; Jovem Aprendiz.

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Publicado

27-01-2021

Edição

Seção

GT 3- Africanidades e Brasilidades em Direitos Humanos e Políticas Públicas