PEPETELA: A CONFIGURAÇÃO DA ANCESTRALIDADE EM MAYOMBE, O TÍMIDO E AS MULHERES E PREDADORES

Autores

  • Rafaelly Bonadiman Vieira
  • Jurema Oliveira

Resumo

Este artigo é resultado de estudos e pesquisas desenvolvidos no âmbito do programa Institucional de Iniciação Científica da UFES. Durante a vigência deste projeto, objetivou-se identificar, analisar e ressaltar a importância das marcas de ancestralidade na construção discursiva das narrativas Mayombe (2018), O tímido e as mulheres (2014) e Predadores (2008) do angolano Pepetela e reforçar a hipótese de que a escrita pepeteliana visa à narrativa histórico-ficcional. Além disso, buscou-se mostrar as marcas da tradição oral e colaborar para fortalecer o cumprimento da Lei 10.639/03. O suporte teórico baseou-se nos trabalhos sobre a memória e a tradição oral do pesquisador Amadou Hampaté Bâ (2010) e nos trabalhos sobre a ancestralidade, especialmente, de Jurema J. de Oliveira (2015). Por meio das narrativas, detectam-se fatos ocorridos e documentados historicamente, mas também o aspecto literário das obras em estudo. A metodologia de pesquisa consistiu em realizar leituras e releituras críticas das obras selecionadas e de materiais teóricos sobre a temática. Entre os resultados obtidos destacam-se a presença da ancestralidade materializada de modo distinto nas obras estudadas, com níveis de explicitude variável, e o fato de que a escrita histórico-ficcional pepeteliana visa, essencialmente, a elaboração de novas referências simbólicas para a nação angolana. 

Palavras-chave: Ancestralidade; Tradição oral; Narrativa histórico-ficcional.

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Publicado

27-01-2021

Edição

Seção

GT1 - Africanidades e Brasilidades em Literaturas e Linguística