UMA LEITURA DO CONTO “UM PEIXE”, DE LUIZ VILELA
DOI:
https://doi.org/10.47456/contexto.v%25vi%25i.8272Resumo
RESUMO: A ficção de Luiz Vilela, centrada no cotidiano do homem comum, construída com linguagem coloquial, sintaxe simples e enredos de aparência trivial, tem, sob águas que parecem plácidas, subtextos que elaboram significados, aprofundam sentidos, questionam verdades, satirizam o senso comum e discutem – abordando, entre outros temas, questões filosóficas e do âmbito religioso – o homem, ser ontológico e ser histórico. Este trabalho mostra esses aspectos na obra do ficcionista mineiro tendo por corpus o conto “Um peixe”, da coletânea Tarde da noite (1970). A partir de enredo que narra, na noite de um domingo qualquer, os desdobramentos de uma pescaria, estudamos a relação entre Eros e Tânatos, entre Princípio de Prazer e Princípio de Realidade. Nosso referencial é composto por estudos sobre o tema da morte, como História da morte no Ocidente e O homem diante da morte, ambos de Philippe Ariès, e de estudos que abordam os símbolos e os arquétipos inconscientes, tais como, por exemplo, os de Bachelard, de A água e os sonhos. Valemo-nos também de estudos sobre a ficção de Luiz Vilela, para descrever a obra do escritor em suas linhas gerais e para homologar nossas conclusões. Desvelamos o homem como um ser conflitivo, em que grandes temas universais permeiam o cotidiano mesquinho, impedindo-o de realizar seus desejos, arrojando-o, fraturado e sem forças, em existência banal.
PALAVRAS-CHAVE: Narrativa Brasileira Contemporânea. Luiz Vilela – “Um peixe”. Tânatos –Tema Literário. Eros – Tema literário.
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