A INFÂNCIA DA CIDADE: O QUE PODEM IMAGENS FEITAS POR CRIANÇAS PEQUENAS PARA PENSAR A CIDADE?
DOI:
https://doi.org/10.22535/cpe.v21i49.26098Resumo
Esse ensaio é reverberação do contato com imagens realizadas por crianças pequenas em situações escolares e se desenvolve em escritos que buscam apresentar estas imagens como potência para fazer emergir outros modos de experimentar o espaço. Nas entrelinhas da descrição destas “imagens infantes” e do modo delas virem a existir – a partir das mãos das crianças em suas experimentações no lugar-território – brotam perguntas sobre qual seria nosso modo de habitar a cidade – que cidade? – se tivéssemos o hábito de filmar e ver em estéticas semelhantes às destas filmagens. Atravessa o texto uma aposta, uma pergunta e um novo possível. A aposta: uma vez que uma de nossas formas privilegiadas de habitar a cidade é através das imagens que delas vemos e nelas produzimos, talvez uma maneira de retomarmos parte de nossa disposição criativa do viver urbano seja mirarmos a cidade através de imagens criadas à semelhança das imagens criadas por crianças pequenas em creches e escolas de educação infantil quando lhes são entregues câmeras de filmar. A pergunta: que pensamentos e sensações viriam nos habitar se e quando as cidades fossem filmadas por corpos onde a linguagem “ainda não está” (Fernand Deligny)? Um novo possível modo de pensar a cidade emerge do contato com o Fora acionado por imagens desfocadas, inidentificáveis, táteis realizadas “para nada” (Fernand Deligny), podendo-se dizer que a potência dessas imagens está, em grande medida, no fato delas serem restos, o que sobra da relação criança-câmera-território.Downloads
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Referências
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Publicado
25-06-2019
Edição
Seção
Artigos (Dossiê)
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