Professoras narram suas histórias: memórias de alfabetização
DOI:
https://doi.org/10.22535/cpe.v22i52.33828Palavras-chave:
Educação, Narrativas autobiográficas. Formação de professores. Alfabetização.Resumo
Escrituras autobiográficas e biográficas vêm sendo cada vez mais utilizadas em investigações na área da História da Educação, pois permitem compreender os sujeitos como autores de suas próprias histórias, num tempo e num espaço historicamente dados, no qual assumem um posicionamento, numa postura singular e concreta, dizem e assinam a própria palavra, resgatando a possibilidade de “ser humano”, de agir coletivamente pelo que caracteriza e distingue os homens, produzir com e para o outro. Seguindo esse fio condutor, o presente texto foi produzido no diálogo com narrativas autobiográficas, escritas por professoras alfabetizadoras que atuam em escolas do município de Vila Pavão (Espírito Santo, Brasil), registradas na publicação Nossas memórias. Buscamos adentrar, por meio dos textos narrativos, nas representações das professoras sobre os seus próprios processos de aprendizagem da língua materna; sobre as relações estabelecidas entre as docentes e os alunos; e sobre a(s) concepção(ões) de alfabetização que sustentava(m) a fase inicial de aprendizagem da leitura e da escrita, na época em que foram alfabetizadas. Metodologicamente, o estudo se configura como uma análise documental, pautada pela análise dialógica do discurso; e teoricamente se ancora no referencial de Bakhtin, de Benjamin e de Nóvoa. Estes diálogos conduzem a reflexões sobre os sentidos e a pertinência das escritas autobiográficas como prática de formação, autoformação e transformação de si.
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