RACISMO ESTRUTURAL, EDUCAÇÃO E IDENTIDADE: UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A FORMAÇÃO SOCIAL BRASILEIRA
STRUCTURAL RACISM, EDUCATION AND IDENTITY: A CRITICAL ANALYSIS OF BRAZILIAN SOCIAL FORMATION
Resumo
O problema do racismo estrutural no Brasil remonta os primeiros anos da colonização, consolidando a ideia moderna da superioridade racial de europeus em detrimento de quaisquer outros povos. Este pensamento influencia diversas categorias da estrutura social brasileira: política, economia, ciência e educação, judiciária entre outras, moldando a identidade de toda uma sociedade. Neste sentido, o presente artigo procura identificar, por meio de uma revisão bibliográfica, aproximações e distanciamentos entre o colonialismo e o racismo existente na conjuntura social do país reforçada pela educação. O racismo é introjetado e institucionalizado nas estruturas legais de formação e atuação dos indivíduos. Tal estrutura encontrada no Brasil permite a compreensão da formação identitária brasileira, ou seja, como os indivíduos se identificam socialmente em determinados grupos, a partir da compreensão abrangente do conceito de identidade social como também do processo de ser e estar no mundo a partir de um lugar de fala. Faz-se necessário que se destaque as instituições escolares considerando seu papel formativo de consciência e individualidades.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: fatos e mitos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1980.
BRASIL. Lei Federal nº 10.639, 9 de janeiro de 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htmLeii 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília. Acesso em 10 de dezembro de 2023.
CHADAREVIAN, Pedro C. A Economia na era do racismo científico no Brasil. XI Congresso Brasileiro de História de Empresas. V. 12. Espírito Santo, 2015. Acesso em 06 de dezembro de 2023.
DPRJ. Reconhecimento fotográfico: pesquisa aponta erros no uso do método. Disponível em: <https://defensoria.rj.def.br/noticia/detalhes/18172-Reconhecimento-fotografico-mais-uma-pesquisa-aponta-erros-no-metodo>. Acesso em: 9 dezembro 2023.
FARIAS, Jordão. A identidade negra e sua construção: definições e problemáticas. 2018. http://medium.com/@fariasjordao> Acesso em 06 de dezembro de 2023.
GOMES, Nilma L. Educação e identidade negra. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil Socioeconômica, n.41, p. 1-12. IBGE, 2019a.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. 2017. Rio de Janeiro, IBGE, 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. 2017. Rio de Janeiro, IBGE, 2019b.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
LOPES, A., Jr; OLIVEIRA, J. A influência do racismo estrutural no uso do reconhecimento fotográfico como meio de prova. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2022-jan-14/limite-penal-racismo-estrutural-reconhecimento-fotografico-meio-prova>. Acesso em: 9 jul. 2023.
MUNANGA K. Teoria social e relações raciais no Brasil contemporâneo [Internet]. Cadernos Penesb. 2010 ;( 12): 169-203.[citado 2023 jul. 06 ] Available from:biblio.fflch.usp.br/Munanga_K_TeoriaSocialERelacoesRaciaisNoBrasilContemporaneo.pdf
MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais - RBCS, v. 32, n. 94, jun. 2017
NASCIMENTO, Abdias. O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
NASCIMENTO, Gabriel. Racismo Linguístico: Os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. São Paulo: Editora Jandaíra, 2021.
________. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: Companhia das letras, 2019.
TAJFEL, H., & TURNER, J. An integrative theory of intergroup conflict. In W. Austin, & S. Worchel (Eds), The social psychology of intergroup relations. Monterey, California: Brooks/Cole, 1979.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na Revista Cadernos de Pesquisa em Educação, estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0