Territórios pretos e o jongo: histórias contadas na Serrinha
Abstract
Formados pela segregação espacial imposta pelo pensamento colonialista, os territórios pretos são, também, espaços fazedores e promotores de saberes, práticas e memórias que o singularizam. Este trabalho trata de um desses espaços, o Morro da Serrinha, que é o cenário do Jongo da Serrinha, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, prática cultural que possibilitou mudanças nas relações estabelecidas com o local em meio aos problemas sócio-políticos enfrentados por seus habitantes. O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a construção de territórios segregados criados pela estrutura racial e os significados dados aos espaços por personagens que estabelecem territorialidade e costuras de afeto, tendo como foco a Casa do Jongo da Serrinha.