Nietzsche e a grande saúde: o uso do diagnóstico tipológico contra a metafísica
Abstract
Esse artigo objetiva mostrar o papel central que o corpo assume no pensamento de Nietzsche e como ele faz uso do diagnóstico tipológico como arma de combate à metafísica, mostrando que somente pôde realizar a tarefa de transvaloração dos valores porque dotado de grande saúde. Colocando em xeque o pilar do modo de pensar metafísico, a separação entre corpo e alma e a divisão de mundos dela derivada, o filósofo alemão quer evidenciar, sobretudo, a partir de seus escritos de caráter autobiográfico, que outra saúde é necessária àqueles desejam criar novos valores, afirmativos da efetividade. Saúde esta identificada a um tipo que pode até mesmo transitar pela décadence, assumir sua perspectiva, sem com ela se identificar.
Downloads
References
-AGAMBEM, G. Infância e história: ensaio sobre a destruição da experiência. Buenos Aires: AH Adriana Hidalgo, 2004
-ARIÈS, PH L’enfance et la vie familiale sous l’Ancien Régime. Paris: Seuil, 1973
-ARIÈS, Ph. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
-ANDERSON, M. Aproximaciones a la historia de la familia occidental. Madrid: Siglo XXI, 1988
-ARCHARD, D. Children: rights and childhood. London: Routledge, 1993
-BRADBURY, B. & JANTTI, M. Child Poverty across Industrialized Nations. Florence: UNICEF (Innocent Occasional Papers, 71), 1999
-CALDEIRA, Mª de Fátima C.G.E. S. Assistência Infantil em Lisboa na 1.ª República. Lisboa: Caleidoscópio, 2004
-CANHA, J. Criança maltratada. Coimbra: Quarteto, 2003
-CORSARO, W. A. The Sociology of Childhood. Thousand Oaks: Pine Forge Press, 1997
-CUNNINGHAM, H. The Children of the poor: representations of childhood since the seventeenth century. Oxford: Black-Well, 1991
-DELGADO, Buenaventura. Historia de la Infancia. Barcelona: Ed. Ariel, 1998
-DENZIN, N. Childhood socialization. S. Francisco: Jossey-Bass, 1977
-DONZELOT, J. A Polícia das Famílias. Rio de Janeiro: Graal, 1986
-FERREIRA, C. Assistência Social Portuguesa, apontamentos sobre a sua história, seus princípios e sua organização. Lisboa: Imprensa Nacional, 1957.
-FERREIRA, M.ª M. Salvar corpos, forjar a razão (Contributo para uma análise crítica da criança e da infância como construção social em Portugal 1880-1940). Lisboa: IIE, 2000
-FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro. Graal, 1985.
-GOFFMAN, E. Manicómios, Prisões e Conventos. S. Paulo: Ed. Perspetiva, 1999
-GOMES, A. L. Ociosidade, vagabundagem e mendicidade. Coimbra: Publ. Univ Coimbra, 1892
-GUEDES, A. I. Marques. Os Colégios dos Meninos Órfãos (Séculos XVII-XIX). Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2006
-ITURRA, R. Como era quando não era o que sou. O crescimento das crianças. Porto: Profedições, 1998
-JAMES, A. & PROUT, A. (org.s). Constructing and Reconstructing Childhood. Basingstoke: Falmer, 1990
-JENKS, C. (org.s). The sociology of childhood. London: Bats Ford, 1982
-LOPES, M. ‘Crianças e Jovens em Risco nos séculos XVIII e XIX: O Caso Português no Contexto Europeu’. In: SILVA, M. H. D. et al, Crianças e jovens em Risco. Da Investigação à Intervenção (Centro Psicopedagogia da Univ. de Coimbra). Coimbra: Almedina, 2004, p. 37-63
-MAGALHÃES, T. Maus Tratos em Crianças e Jovens. Coimbra: Quarteto, 2002
-MARTINS, E. C. “Menores delinquentes e marginalizados. Evolução das políticas jurídico-penais e sociopedagógicas até à 1.ª República”. Infância e Juventude (I.RS., Lisboa), nº 4, 67-114, 1998.
-MARTINS, E.C. “As Reformas Sociais e a Proteção da Criança Marginalizada (estudo histórico Séc. XIX-meados do séc. XX). Infância & Juventude (IRS, Lisboa), nº 3, p. 55-93, 2002.
-MARTINS, E. C. ‘A infância desprotegida portuguesa na Primeira metade do Século XX.’ Infância & Juventude (IRS, Lisboa), nº 4, p. 93-130, 2006.
-MOGARRO, Mª João & MARTÍNEZ, Sílvia A. Normalistas e meninas de asilo: Origens sociais e percursos de vida no século XIX em Portugal e no Brasil. Sísifo-Revista de Ciências da Educação (IE/UL), n.º 11 (jan./abril), 2010, p.-----
-MORENO, Humberto B. Marginalidade e Conflitos Sociais em Portugal nos Séculos XIV e XV. Lisboa: Ed. Presença, 1985
-NARODOWSKI, M. Infancia y poder. La conformación de la pedagogía moderna. Buenos Aires: AIQUE, 1994
-PEREIRA, P. S. Alguns aspetos e causas da nossa delinquência juvenil. Lisboa: Livraria Portugal, 1966
-PINA, L. Algumas considerações sobre os desvios delinquentes da juventude. Porto: Instituto de Criminologia do Porto, 1962
-PINTO, G. A. O trabalho das crianças, de pequenino é que se torce o pepino (e o destino). Oeiras: Celta Editores, 1998
-PINTO, M. & SARMENTO, M. J. (orgs.). As crianças: Contextos e Identidades. Braga: Instituto de Estudos da Criança – Universidade do Minho, 1997
-POSTMAN, N. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia, 1999.
-QVORTRUO, J. Childhood as a Social Phenomenon. Vienna: The European Centre, 1993
-SANTOS, M.ª José Moutinho ‘Os jovens Delinquentes nas Prisões do Porto Oitocentista’. Revista de Ciências Históricas – Universidade Portucalense, Vol. XI, p. 189-204, 1996
-SARMENTO, M.J. A Infância: Paradigmas, Correntes e Perspetivas. Braga: Instituto de Estudos da Criança – Universidade do Minho, 2000
-SIROTA, R. ‘L’émergence d’une sociologie de l’enfance: évolution de l’Object, évolution du regard’. Education et Sociétés – Revue Internationale de Sociologie de L’Education (Bruxelles), n.º 2, p. 9-34, 1998
-TOMÉ, Mª R. A cidadania infantil na primeira República e a tutoria da infância. A criação da Tutoria de Coimbra e Refúgio anexo’. Revista de História da Sociedade e da Cultura, 10, Tomo II, p. 481-500, 2010.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Ao submeter o artigo, resenha ou tradução para a Estudos Nietzsche, o autor cede à revista o direito à primeira publicação do texto, mantendo, contudo, o direito de reutilizar o material publicado, por exemplo, em futuras coletâneas de sua obra.
