A forma da escrita livre

Nietzsche e a prosa de ficção

Auteurs

  • André Luis Muniz Garcia Universidade de Brasília

DOI :

https://doi.org/10.47456/en.v14i1.39864

Mots-clés :

Nietzsche, Prosa, Estilo, Forma

Résumé

O objetivo do presente artigo é apresentar diretrizes teóricas para uma reinterpretação do conceito de ficção em Nietzsche, deslocando-o de um contexto especulativo para um domínio estético, mais precisamente, para o da prosa literária. O modo pelo qual Nietzsche torna sua reflexão sobre a escrita literária dita “livre” o eixo central de uma elaborada compreensão do ficcional, isso será abordado tanto a partir de textos de Nietzsche, como Humano demasiado Humano, quanto de obras de escritores que guardam afinidades intertextuais com o tema.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

ARISTÓTELES, Poética. Trad. Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015.

BAKHTIN, M. Teoria do romance III: o romance como gênero literário. Trad. Paulo

Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2019. DOI: https://doi.org/10.46525/ret.v34i1.1543

BARNER, Wilfried. Barockrhetorik. Untersuchung zu ihren geschichtlichen Grundlagen. Tübingen: Max Niemeyer Verlag, 2002. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110951639

BARROS, Fernando. Música epistolar: Nietzsche e Carl Fuchs. In: Cadernos Nietzsche, n. 20, São Paulo, 2012, pp. 135-158.

BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Trad. Ivan Junqueira. São Paulo: Nova Fronteira, 1985.

_______. O pensamento musical de Nietzsche. São Paulo: Perspectiva, 2007.

BOHRER, Karl H. Der Abschied. Theorie der Trauer. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1996.

BOLZANI FILHO, Roberto. Introdução. In: PLATÃO. A república. Trad. Anna Lia Amaral de Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A poética do hipocentauro: literatura, sociedade e discurso ficcional em Luciano de Samósata. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

_______. A invenção do romance: narrativa e mimese no romance grego. Brasília: Editora da UnB, 2005.

_______. A pura liberdade do poeta e do historiador. In: Ágora. Estudos Clássicos em Debate, vol. 9, 2007.

CAZNÓK, Y. B., NETO. A. F. Ouvir Wagner: ecos nietzschianos. São Paulo: Musa, 2000. GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.

GOETHE, J. W. Werke. Hamburger Ausgabe in 14 Bänden. Band 8, Romane und Novellen III. Deutscher Taschenbuch Verlag. 1998.

HOMERO. Odisseia. Trad. Trajano Vieira. São Paulo: Editora 34, 2011.

HIMMELMANN, Beatrix. Kant und Nietzsche in Widerstreit. Internationale Konferenz der Nietzsche-Gesellschaft in Zusammenarbeit mit der Kant-Gesellschaft. Berlin: De Gruyter, 2005. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110924558

LARGE, Duncan. The Freest Writer: Nietzsche on Sterne. In: The Shandean vol. 11, 1999, p. 9–29.

MISSINNE, Lua et alli (org.). Grundthemen der Literaturwissenschaft: Fiktionalität. Berlin / New York: Walter de Gruyter, 2020. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110466577

MÜLLER, Enrico. Entre Logos e Pathos: O antiplatonismo platônico de Nietzsche. In: Revista Arte e filosofia. n. 13. Ouro Preto, dezembro de 2012, pp. 41-56.

MÜLLER-LAUTER, Wolfgang. Décadence artística enquanto décadence fisiológica. In: Cadernos Nietzsche, n. 6, São Paulo, 1999.

NIETZSCHE, F. Sämtliche Werke: Kritische Studienausgabe in 15 Bänden. Hg. G. Colli und M. Montinari. Berlin/New York: Walter de Gruyter/DTV, 1999.

_______. Sämtliche Briefe. Kritische Studienausgabe. Hg. G. Colli und M. Montinari. Berlin: De Gruyter, 2003.

PLATÃO. A república. Trad. Anna Lia Amaral de Almeida Prado. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

PUCHNER, Martin. The drama of ideas. Platonic Provocations in Theater and Philosophy. Oxford / New York: Oxford University Press, 2010.

RÖSLER, Wolfgang. Die Entdeckung der Fiktionalität in der Antike. Poetica 12, 1980, pp. 283-319.

SAFATLE, Vladimir. Nietzsche e a ironia na música. In: Cadernos Nietzsche, n. 21. São Paulo: 2006.

SAMÓSATA, Luciano de. Luciano. Obras. Tradução do grego, introdução e notas de Custódio Magueijo. Coimbra. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012. DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-0800-6

SISCAR, Marcos. Poesia e crise: ensaios sobre a “crise da poesia” como topos da modernidade. Campinas. Editora da Unicamp, 2010.

STERNE, Laurence. A vida e as opiniões do Calheiros Tristram Shandy. Trad. José Paulo Paes. São Paulo: Penguin-Companhia das Letras, 2022.

UEDING, Gert (Hrsg.): Historisches Wörterbuch der Rhetorik. Bd. 1. Tübingen, 1992.

VAIHINGER, Hans. A filosofia do como se: sistema das ficções teóricas, práticas, religiosas da humanidade, na base de um positivismo idealista. Trad. Johannes Kretschmer. Chapecó: Argos, 2011.

VIVARELLI, Viveta. Nietzsche und die Masken des freien Geistes: Montaigne, Pascal und Sterne. Königshausen & Neumann, 1998.

ZHAVORONKOV, Alexey. Nietzsche und Homer: Tradition der klassischen Philologie und philosophischer Kontext. Berlin / Boston: Walter de Gruyter, 2021. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110751406

ZITTEL, Claus. Nietzsches Yori(c)k. in ANSCHÜTZ, Hans-Peter Anschütz et alli (ed.). Nietzsche als Leser. Berlin / Boston. Walter de Gruyter, 2021. DOI: https://doi.org/10.1515/9783110660944-021

_______. Das ästhetische Kalkül von Friedrich Nietzsches Also sprach Zarathustra. Würzburg: Königshauses & Neumann, 2011.

_______. Sentenças, rupturas, contradições. Provocações e problemas de interpretação a partir das relações e das perspectivas narrativas no Assim falava Zaratustra de Nietzsche. In: Cadernos Nietzsche, vol. 2, Guarulhos/Porto Seguro, maio/agosto de 2018, pp. 29-48. DOI: https://doi.org/10.1590/2316-82422018v3902cz

Téléchargements

Publiée

19-10-2023