“DE UMA HORA PARA OUTRA”
A REALIDADE EDUCATIVA DE IMIGRANTES EM TEMPOS DO COVID-19
Palavras-chave:
Processo Educativo; Imigrantes; Escola; Covid-19; Inclusão.Resumo
A organização do espaço escolar impulsiona a criação de conhecimento e construção de identidade, observados na dialética de apropriação no processo de ensino-aprendizagem. Em tempos de crise e emergência pandêmica é possível identificar reflexos e desafios nos diversos cenários sociais, inclusive nos processos educativos que abarcam os espaços escolares e o processo de escolarização de imigrantes. As estratégias da gestão escolar são subsidiadas pelos decretos e normativas legais de estados e municípios que estabelecem suspensão das atividades escolares presenciais e, consequentemente, adoção dos meios digitais para fins educativos. Este trabalho trata da reflexão e discussão teórica, sobre a realidade educativa de imigrantes nos aspectos da teoria histórico-cultural e do materialismo histórico-dialético, com base na atual conjuntura educativa em tempos de pandemia e distanciamento social. Sob este aspecto, é necessário compreender as vulnerabilidades e desigualdades do sistema social, cujos contornos se tornam mais evidentes em momentos de crise, particularmente no direito a serviços básicos como a educação. A precarização da atividade docente, o acesso a recursos tecnológicos como também a condição da arquitetura do espaço educativo legitima a desigualdade estrutural na sociedade brasileira que dificulta a inclusão e permanência dos imigrantes nos espaços escolares. Um ambiente arquitetônico deve possuir minimamente condições para que as atividades pedagógicas sejam realizadas, porém isto é prejudicado pelas privações econômicas existentes. O lócus da educação carrega experiências inerentes ao indivíduo-imigrante em sua singularidade, uma concepção histórica e cultural permeada por significações que produzem condições socialmente determinadas. Diante disso, é necessário um olhar atento às ações substitutivas do ensino presencial de atendimento aos escolares imigrantes, devendo elaborar alternativas de enfrentamento a situações ímpares a fim de promover espaços efetivação da aprendizagem, escuta e acolhimento, garantindo a inclusão e democratização do processo de aprendizagem.
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Referências
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