Os transeuntes subalternos habitantes das fronteiras
o corpo-político-periférico a partir do sul decolonial
Palavras-chave:
América Latina, Crítica biográfica fronteiriça, DescolonialidadeResumo
Neste presente artigo objetivamos – pelos meandros das experivivências latino-americanas – valorar e disseminar a nossa criticidade com e a partir da América Latina. Para esta disposição científica propusemos enaltecer as vicissitudes engendradas no cerne da crítica biográfica fronteiriça cujo corpo atravessa tensões indevidamente moderno-eurocêntricas. Engendrados na verve do pensamento descolonial enunciamos percepções críticas outras, não modernas, fazendo do plano epistemológico-subalterno uma discussão erigida também através das nossas experivivências sul-fronteiriças na tríade aliançada por entre as fronteiras: Brasil, Bolívia e Paraguai, eixos que grassam a nossa enunciação. A premissa que nos arrola nesta discussão prefigura a necessidade do diálogo Sul-Sul, ou seja, nossas impressões – concatenadas às nossas criticidades latinas – a partir da perspícua visada não eurocêntrica, logo, descolonial, cuja estirpe crítica deste trabalho por nós será apresentada com o fito-desenlace de fomentar a nossa latinidade crítica entre os países latino-americanos, cuja discussão não parte do centro-moderno, mas da fronteira-sul, nossa América Latina.
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