FEMINISMOS NEGROS E AÇÕES ESTÉTICO-POLÍTICAS NA CONTEMPORANEIDADE
Palavras-chave:
feminismo negro, memória, ação estético-políticaResumo
O presente artigo busca refletir sobre ações de insurgência de mulheres negras no continente americano a partir da ideia de ação estético-política feminista. Nesse sentido, destaca momentos em que seus corpos se tornaram suporte ativo de uma escritura de resistência capaz de comunicar e inspirar em seus pares, possibilidades de insurgência contra diversos espectros de poder e dominação, ou ainda, denunciar e lembrar a existência desses espectros à sociedade. Experiências como a de Harriet Tubman, Luiza Mahin e Rosa Parks são fundamentais pra tecer essas considerações. No contexto contemporâneo, o artigo chama atenção para as ações de Nona Faustine, artista afro-americana que se fotografa nua em espaços públicos da Cidade de Nova Iorque marcados pela memória escravagista, e Therese Patrícia Okoumou, ativista congolesa que, durante as comemorações do quatro de julho de 2018, Dia da Independência dos Estados Unidos da América, escalou a Estátua da Liberdade em protesto contra as políticas imigratórias do Governo Trump. O texto estabelece conversas com o pensamento de Jacques Rancière, Coletivo 28 de Maio, Aquille Mbembe, Angela Davis, Rita Segato, Grada Kilomba, entre outros.
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