É PRECISO DESNATURALIZAR O RACISMO
A TECNOLOGIA E A DISCRIMINAÇÃO OCULTA TORNADA PÚBLICA
Palavras-chave:
Racismo estrutural, Tecnologia, Teorização descolonial, Práticas jurídicas, IgualdadeResumo
Este artigo discutirá as medidas que o direito e a tecnologia propõem em resposta às práticas raciais existentes no Brasil, a fim de evidenciar discriminações contra o negro e coibir essa violência tóxica, apreciados, inicialmente, os espaços locais/regionais, especialmente partindo do lócus Mato Grosso do Sul até atingir os demais cenários adjacentes. Nesse intento, pari passu, considerar-se-á as sensibilidades atravessadas pela teorização descolonial como reação às tradições opressoras coloniais. Para tal, inicialmente serão apresentadas, em exposições abrangentes, a contextualização histórica do negro no Brasil, das práticas raciais, a materialidade de agravamento do ódio às raças, a identificação de imagens discriminatórias e alguma ausência de evidenciação visual dessas práticas. Adiante, o artigo apresentará de que modo a tecnologia pode ser um mecanismo que anuncia caminhos efetivos para desestruturar esse preconceito que já há tempo está solidificado. Logo depois, no pensar como acadêmicos da graduação de direito, da Faculdade Insted, de Campo Grande – MS, serão discutidos como o paradigma culturalista é, na verdade, uma falsa ruptura com o racismo científico (SOUZA, 2019) e de que forma a dominação colonial gera efeitos psicológicos negativos sobre os povos negros (FANON, 2008), isso tudo concomitante aos fundamentos do Direito Constitucional, Direitos Humanos e Direito Penal a fim de enfatizar e combater o racismo estrutural. Chegando à conclusão, ficará claro como o funcionamento de um sistema de métodos jurídicos e tecnológicos contribui e pode humanizar a consciência para, consequente e concretamente, ser possível garantir a igualdade universal e erradicar a banalidade do mal.
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Referências
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
NOLASCO, Edgar. Perto do coração selbaje da crítica fronteriza. São Carlos: Pedro & João Editores, 2013.
RIBEIRO, Djamila. Pequeno Manual antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão a Bolsonaro. Rio de Janeiro: GMT editores Ltda, 2019.
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