O “DIA DO ÍNDIO” E A APROPRIAÇÃO CULTURAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O QUE PENSAM AS PROFESSORAS?

Autores

  • Hyonara Gomes Beltrão Universidade Estadual de Goiás - UEG
  • Érico Ricard Lima Cavalcante Mota Universidade Estadual de Goiás - UEG / Instituto Federal de Educação de Goiás - IFG
  • Fernanda Rocha Bomfim Universidade Estadual de Goiás - UEG

Palavras-chave:

Relações étnico-raciais, apropriação cultural, indígenas, professoras, estereótipos

Resumo

Nas décadas de 2010 e 2020, ganhou destaque o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam ou Vidas Negras Contam), nascido do protesto contra a quantidade de agressões e mortes de pessoas negras por policiais, e que despertou a reflexão de ativistas internacionais, diante da exigência de sociedade de uma discussão e posicionamento diante desta questão social. Isso tornou necessário também o conhecimento de como são abordadas as relações étnico-raciais na Educação Infantil. Partindo do pressuposto de que a educação antirracista não ocorre como deveria, esse artigo tem como objetivo realizar uma pesquisa abordando questões relativas à representatividade étnica no currículo da escola, desde a data adotada – “Dia do Índio” em 19 de abril – até sua análise na Educação Infantil, por meio de uma entrevista com professoras, a fim de concluir se a data é uma homenagem ou uma apropriação cultural. Como método de pesquisa, optou-se por uma pesquisa qualitativa aplicando um questionário, por estarmos em contexto pandêmico, e ainda conseguir um contato direto com o sujeito do estudo: as professoras no contexto da sala de aula em CMEIs do município de Jussara-GO. O foco do questionário é o modo como esse assunto é explanado em sala de aula pelas docentes, sendo este, portanto, estruturado. Tendo em vista que a representação do indígena, que mesmo em pleno século XXI se dá de forma estereotipada, e as formas em que buscam homenageá-los na data em questão (e em situações cotidianas), que é carregada de apropriação cultural, como resultado é esperado, além de uma reflexão, a mudança na concepção de ensino nas salas de Educação Infantil acerca de questões que abordem a cultura dos povos originários. Para o embasamento teórico do estudo, conta-se com os trabalhos de Hall (2016), William (2017), Alves e Beltrão (2021), entre outros.

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Biografia do Autor

Hyonara Gomes Beltrão, Universidade Estadual de Goiás - UEG

Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás. 

Érico Ricard Lima Cavalcante Mota, Universidade Estadual de Goiás - UEG / Instituto Federal de Educação de Goiás - IFG

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso(UFMT); Mestre em Educação pela Universidade Estadual do Ceará (UECE); Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará (2001); Cursou Ciências Sociais e Letras na mesma Universidade sem concluí-los. Fez aprofundamento de estudos em Educação de Jovens e Adultos(UFC). Especialista em Gestão Escolar(UECE) e Mídias da Educação(UFC). Foi concursado pela Prefeitura de Maracanaú/Ceará, onde já ocupou de cargo técnico em Educação, supervisionando os Programas Federais Escola Aberta, Mais Educação e Segundo Tempo. Foi professor efetivo da Prefeitura de Fortaleza/Ceará por 5 anos. Atualmente, professor da Universidade Estadual de Goiás - UEG e do Instituto Federal de Educação de Goiás, lecionando disciplinas dos Fundamentos e Teorias da Educação.

Fernanda Rocha Bomfim, Universidade Estadual de Goiás - UEG

Doutoranda em Estudos da Linguagem pela UFG (Catalão). Possui Mestrado em Literatura e Crítica Literária pela PUC-GO, graduação em Letras - UEG - Unidade Jussara e em Pedagogia e especialização em Língua Inglesa. Coordenou o Curso de Letras da UEG - Jussara por 8 anos e o Centro de idiomas da mesma instituição, onde também atuou como docente.Tem experiência na área de Letras com ênfase no ensino de Língua Estrangeira (Inglês), atuando na área de ensino e aprendizagem. Possui estudos em Literatura voltada para as Teorias da Tradução e Crítica Literária. Realizou intercâmbio em cursos de Inglês como segunda Língua (ESL - English as a Second Language) pela Harvard University School (Boston - MA), Stoughton High School (Stoughton - MA) e Massassoit College (Brockton - MA). Atualmente é membro atuante do GEPLAEL (Grupo de Pesquisa em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) - UFCAT e professora efetiva da SME de São Luís de Montes Belos - Go.

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Publicado

30-03-2022