O ACESSO À EDUCAÇÃO FORMAL PELAS CRIANÇAS CIGANAS

A CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA

Autores

  • Rose Anne Holanda Secretaria de Educação de Marco - Ceará
  • Maria Eduarda Sousa Rocha Colégio Luciano Feijão
  • Nivia Maria Vasconcelos Tavares Casa da Mulher Cearense de Sobral
  • José Maria Nogueira Neto Faculdade Luciano Feijão
  • Ana Helena Araújo Bonfim Queiroz Faculdade Luciano Feijão

DOI:

https://doi.org/10.55470/relaec.38990

Palavras-chave:

Ciganos, Escola, Psicologia

Resumo

O presente artigo objetivou estudar o acesso à educação formal pelas crianças ciganas e a contribuição da Psicologia na facilitação desse acesso. Para tanto, buscou conhecer a diversidade cultural e o reconhecimento e valorização dos povos, comunidades, etnias e culturas que formam a população brasileira, focando nos povos ciganos. A metodologia foi revisão bibliográfica/narrativa, utilizando os descritores Ciganos; Escola; Psicologia, pesquisados na plataforma Google Acadêmico. O referencial teórico centrou-se no histórico dos povos ciganos, sendo percebido as lutas, as perseguições e sofrimentos vivenciados; na cultura e na educação dos povos ciganos, em que a família é a primeira instituição educativa; na inclusão das crianças ciganas na educação formal, em que pode ocorrer um choque de culturas, por isso muitos pais relutam nessa escolarização; e na contribuição da Psicologia para que essa inclusão ocorra, pois ela pode contribuir no acesso das crianças ciganas à escola. A psicologia pode, dessa forma, trabalhar com o fortalecimento da identidade social, promovendo debates sobre a diversidade cultural, identidade e violência cultural e social que ainda estão presentes em escolas e na sociedade.

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Publicado

02-12-2022