AS DRAMÁTICAS DO USO DE SI NA ATIVIDADE DOS BOMBEIROS EM BRUMADINHO-MG

Autores

  • Hugo Gama Peres dos Santos Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ)
  • Simone Oliveira Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)

DOI:

https://doi.org/10.55470/relaec.39366

Palavras-chave:

Bombeiros, Desastres, Trabalho, Ergologia, Brumadinho

Resumo

Esse artigo buscou analisar as dramáticas do uso de si na atividade dos bombeiros em um cenário de desastre provocado pelo modelo de produção extrativista da empresa VALE S.A., que apresentou um viés exclusivo para o lucro. O desastre que atingiu a cidade de Brumadinho deixou 272 pessoas mortas e mais de 24 mil afetadas. Diante de tantas imprevisibilidades que permeavam as situações de trabalho, os bombeiros necessitaram realizar uma forte mobilização do uso de si por si a fim de buscarem as melhores soluções para a operação. Tanto para os atingidos como para as equipes de bombeiros. O sucesso da operação só foi possível pelo trabalho de inteligência que buscou conhecer o desastre em sua totalidade e pelo forte coletivo de trabalho presente na organização que foi constantemente estimulado.

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Biografia do Autor

Hugo Gama Peres dos Santos, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ)

Graduado em Psicologia pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Mestre em Saúde Pública com foco nos temas Saúde do Trabalhador e Desastres pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP). Qualificação Profissional em Saúde Mental pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Experiência de cinco anos em uma ONG com ênfase em psicoeducação para conscientização de doenças por meio de palestras e terapias de grupo; aplicação de arte terapia.

Simone Oliveira, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)

Pós-doutorado em Psicologia do Trabalho pela Faculdade de Psicologia e das Ciências da Educação da Universidade do Porto - Portugal (2012); Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2007); Mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1995) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1985). Pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ). Coordenadora do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Pública da ENSP/FIOCRUZ (2016-2019). Líder do Grupo de Pesquisa e Intervenção em Atividade de Trabalho, Saúde e Relações de Gênero (PISTAS/CNPq); Membro do Grupo de Trabalho "Modos de vida e Trabalho" da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP); Coordenadora do AT Água e Desastre da Rede Waterlat-Gobacit. Membro do GT Saúde do Trabalhador da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO). Integrante do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental/FMCJS. Docente Permanente do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da ENSP/FIOCRUZ. Atua na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde, Trabalho e Ambiente, focando principalmente os seguintes temas: trabalho, saúde e produção de subjetividade; desastres, processos de vulnerabilização e saúde; vigilância em saúde popular e participativa de base territorial.

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Publicado

09-12-2022

Edição

Seção

II Simpósio Latino-Americano de Ergologia