UM OLHAR ERGOLÓGICO SOBRE A CELEBRAÇÃO NO TRABALHO NA EXPERIÊNCIA DE TRABALHADORES DO ÂMBITO JUDICIAL.

Autores

  • Conceição de Maria Lima Oliveira Universidade Estadual de Campinas
  • Sandra Francisca Bezerra Gemma Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.55470/relaec.39161

Palavras-chave:

Sentidos, Celebração, Cooperação, Atividade

Resumo

Neste artigo compartilham-se alguns sentidos da celebração no trabalho, em uma perspectiva ergológica, a partir de entrevistas realizadas com 17 trabalhadores com atuação em equipes multidisciplinares em um tribunal estadual de justiça da região norte do Brasil. 59% dos trabalhadores integravam uma mesma equipe onde a celebração no trabalho emergiu como uma experiência singular e uma atividade de engajamento social ligada à cooperação no trabalho em favor do viver junto dentro e fora do trabalho. Embora a palavra celebração não estivesse contida em nenhuma pergunta formulada, apareceu nas verbalizações de todos os trabalhadores quando responderam sobre o relacionamento com os pares, as estratégias coletivas parar lidar com as dificuldades e o que causa prazer no trabalho. Todos os participantes indicaram a celebração como fundamental para a ressignificação do espaço de trabalho enquanto lugar de contradições e ambivalências. 80% reforçaram a importância da celebração para o fortalecimento dos vínculos e como um recurso para a construção da saúde. Em relação às práticas de reconhecimento do trabalho, 60% considerou a celebração como oportunidade para a expressão de apreço, admiração e enaltecimento ao outro, ratificando a concepção ergológica de que o trabalho apresenta as singularidades de quem o realiza.

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Biografia do Autor

Conceição de Maria Lima Oliveira, Universidade Estadual de Campinas

Mestranda do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da FCA/UNICAMP e membro do grupo de pesquisa Ergolab (Ergonomia, Saúde e Trabalho) da FCA/UNICAMP. Possui especialização em Psicologia Jurídica e Social pela Fabel (2009) e graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará/UFPA (1991). Atualmente é analista judiciário/assistente social no Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social Aplicado.

Sandra Francisca Bezerra Gemma, Universidade Estadual de Campinas

Livre Docente em Ergonomia, Saúde e Trabalho pela FCA UNICAMP (2021), especialista em Ergonomia pela Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP (2001), com Doutorado (2008) e Mestrado (2004) em Engenharia Agrícola na temática de Ergonomia pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Ergonomia, principalmente em Ergonomia da Atividade/AET (Análise Ergonômica do Trabalho); Saúde e Trabalho; Laboratório de Mudança e Teoria da Complexidade. Atualmente é Professora Associada I (MS 5.1) da Faculdade de Ciências Aplicadas, UNICAMP-Limeira, onde trabalha desde 2009 na área de engenharia, ministrando as disciplinas de Ergonomia, Saúde, Trabalho e Gestão Sustentável. Exerce atualmente a Coordenação de Graduação da FCA, que envolve as atividades dos 6 cursos de graduação: Nutrição; Ciências do Esporte; Engenharia de Produção; Engenharia de Manufatura; Administração e Administração Pública. Atua ainda como pesquisadora na coordenação da Rede de Agroecologia da UNICAMP. É professora plena na pós-graduação junto ao ICHSA - Curso de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da FCA-UNICAMP realizando orientação de pesquisas na temática da Ergonomia inseridas na linha de pesquisa Sustentabilidade e Proteção Social. Atua desde 2010 como Coordenadora do ERGOLAB (Laboratório de pesquisa em Ergonomia, Saúde e Trabalho https://sites.google.com/view/ergolab) que é um espaço para desenvolver pesquisas interdisciplinares com o objetivo de estudar o trabalho, bem como os sistemas produtivos em suas múltiplas dimensões. Assim, além de promover saúde, segurança e conforto para as pessoas que trabalham gera-se conhecimento importante para a qualidade e produtividade das organizações. Alguns setores têm sido foco das pesquisas do ERGOLAB como: agricultura; fabricação de semijoias; saúde; educação e transmissão de energia no setor elétrico.

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Publicado

14-12-2022

Edição

Seção

II Simpósio Latino-Americano de Ergologia