Liberdade para os cachos: a linha Curly Wurly e a ruptura de padrões estéticos

Autores

  • Juliana Bellia Braga Universidade Federal do Espírito Santo
  • Flávia Mayer dos Santos Souza Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Cabelo Crespo. Mulher negra. Embalagem. Publicidade. Semiótica

Resumo

Nos últimos anos, acompanha-se um movimento de valorização da estética negra e de enaltecimento dos cabelos crespos e cacheados, amplificado pelos mecanismos de interação presentes nas redes sociais digitais. Esse movimento influencia uma mudança no mercado de beleza e cosméticos que, na tentativa de se adequar às exigências do público feminino que deseja assumir seus cabelos naturais, responde com o lançamento de um quantitativo expressivo de produtos capilares destinados à mulher negra, trazendo embalagens com marcas discursivas que dão pistas de certo diálogo com o movimento de aceitação. Por meio do referencial teórico-metodológico da semiótica discursiva e da semiótica pástica, este trabalho possui como objetivo compreender quem são e como são construídas as enunciatárias inscritas nos discursos das embalagens de produtos cosméticos capilares para a mulher negra. Para isso, utiliza como corpus as embalagens da linha Curly Wurly, lançada em 2011 e reformulada em 2015 pela empresa brasileira Lola Cosmetics.

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Biografia do Autor

Juliana Bellia Braga, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (Póscom) – Ufes

Flávia Mayer dos Santos Souza, Universidade Federal do Espírito Santo

Professora orientadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades (Póscom) – Ufes

Referências

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Publicado

16-06-2020