AS CONTRADIÇÕES DA NARRATIVA NEOLIBERAL: UMA ANÁLISE DO DISCURSO DO DISCURSO DO EMPREENDEDORISMO NO CONTEXTO DA PLATAFORMIZAÇÃO DO TRABALHO
Palabras clave:
Empreendedorismo. Plataformização do trabalho. Discurso. Internet.Resumen
O empreendedorismo ganha fôlego no Brasil em meio a uma crise econômica, política e social, recentemente também uma crise sanitária e uma agenda neoliberal que implementou uma série de medidas de austeridades que ampliaram o desemprego, o trabalho informal e a redução dos direitos. Nesse mesmo contexto, o discurso do empreendedorismo é impulsionado nas redes digitais, principalmente no Instagram, uma rede visual e território de fabricação de sentido que produz imaginários de perfeição. Um levantamento das publicações do Instagram na #empreendedorismo desde 2019, e na #brequedosapps durante as greves dos entregadores de aplicativos nos dias 1° e 25 de julho foi possível identificar as contradições entre o discurso do empreendedorismo e a realidade dos trabalhadores que são considerados empreendedores.
Após a análise, chegou-se à conclusão de que o cotidiano narrado nas redes digitais propaga e
facilita a assimilação dos elementos do discurso, fabricando um imaginário neoliberal. E que
mesmo que existam publicações que confrontem esses elementos, não possuem o mesmo
alcance, por esse motivo, o neoliberalismo tem predominância na fabricação de sentidos em
uma sociedade que vivencia seu cotidiano nas redes digitais.
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Citas
DARDOT, Pierre, LAVAL, Christian. “A Nova Razão do Mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal”. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2016.
ABILIO, Ludmila. “Uberização: Do empreendedorismo para o autogerenciamento subordinado”. Vol 18. N° 3. Revistas Psicoperspectivas, 2019.
EAGLETON, Terry. “Ideologia: uma introdução”. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2019.
TRINDADE, Karlili. “A falácia do sucesso empreendedor”. Vitória: Anais do Seminário doPrograma de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo, 2019.
SAQUET, Marcos Aurélio. “Por uma Geografia das Territorialidades e das Temporalidades”. 2.ed. Rio de Janeiro: Consequência, 2015.